Depois de seis meses de uso prático de combustível biossintético, a Lufthansa tirou sua primeira conclusão positiva: foram realizados exatos 1.187 voos com biocombustível entre Hamburgo e Frankfurt desde julho de 2011. Os primeiros cálculos mostram que foram economizadas 1.471 toneladas de CO2. A mistura de biocombustível e querosene utilizada foi de 1.556 toneladas no total.

“Nosso projeto burnFAIR transcorreu sem problemas e os resultados foram altamente satisfatórios. Como esperávamos, o biocombustível mostrou que é perfeitamente utilizável no dia a dia”, confirmou Joachim Buse, vice-presidente Aviation Biofuel da Lufthansa.

A indústria da aviação pretende realizar grandes feitos no que diz respeito à proteção do clima e definiu objetivos ambiciosos. De acordo com a associação do setor, a IATA, as emissões de CO2 deverão ser reduzidas em 50% até 2050 em comparação ao ano de 2005. “Se quisermos proteger o clima e, portanto, o nosso futuro de forma sustentável, precisamos de ideias e tecnologias inovadoras – além de uma alternativa ambiental para os combustíveis fósseis, principalmente diante do pano de fundo das crescentes necessidades de mobilidade mundiais”, afirma Christoph Franz, presidente da Deutsche Lufthansa AG.

Querosene biossintético é tão confiável como combustível tradicional, só que com características ambientais mais positivas. Graças à maior densidade de energia, o consumo pôde ser reduzido em mais de 1%. Sem contar que querosene biossintético não contém enxofre e é livre de compostos aromáticos.

O princípio do biocombustível é simples e está contido no circuito do CO2. As plantas retiram o CO2 da atmosfera por meio de fotossíntese. Este CO2 é novamente liberado pela combustão de combustíveis de aviação biossintéticos. A economia de CO2 é de aproximadamente 50% em relação aos combustíveis de aviação fósseis.

“Num próximo passo, vamos dirigir nosso foco para a adequação, disponibilidade, sustentabilidade e certificação de matérias primas. Esse mercado, porém, tem de ser explorado primeiro. A Lufthansa só dará continuidade à utilização prática quando pudermos garantir matérias primas sustentáveis e certificadas nas quantidades necessárias para as operações de rotina”, disse o diretor do projeto Buse.

Entre 15 de julho de 2011 e 27 de dezembro de 2011, um Airbus A321 operou regularmente entre Hamburgo e Frankfurt conforme o horário de voos. Uma turbina do avião funcionou com 50% – limite máximo permitido para a mistura – de querosene biossintético. O objetivo principal deste teste de longo prazo foi adquirir experiência no manuseio com bioquerosene e colher dados de medição de longo prazo. Ao mesmo tempo, tornou-se possível examinar os efeitos de biocombustíveis sobre o meio ambiente assim como sobre a manutenção e vida útil das turbinas.[www.puresky.de].