O “O Jornal” abriu a sua edição de nº 246, de 21 de fevereiro de 2009, anunciando o interesse da Granol em instalar uma usina de biodiesel em Bebedouro. Era mais uma das ações positivas do Departamento de Desenvolvimento, que na época era dirigido pelo vice-prefeito Gustavo Spido.

Numa reunião com o então diretor de Desenvolvimento Gustavo Spido no dia 13 de fevereiro de 2009, gerentes da Granol expressaram o interesse da empresa em ampliar suas atividades em Bebedouro se contasse com o apoio da nova administração, já que até então não encontraram boa receptividade com as anteriores.

Com base nesse interesse, foi disponibilizado para a empresa uma área de quase 200.000 m² para que a mesma implantasse em Bebedouro o seu projeto de construção de uma usina de biodiesel, um projeto de mais de R$ 100 milhões de reais e que poderia gerar 150 empregos diretos.

Para viabilizar o projeto, a Granol pediu que a Prefeitura interviesse junto ao Governo do Estado de São Paulo para que fossem liberados créditos de ICMS que a empresa estava pleiteando desde 2007 e que totalizariam R$ 100 milhões, valor que seria investido em Bebedouro.

Poucos dias depois, acompanhando pelo prefeito Italiano, o então subdiretor de Desenvolvimento, Rogério de Carlos, apresentou ao então secretário de Desenvolvimento Geraldo Alckmin, um ofício solicitando apoio para viabilizar o projeto da Granol num momento em que a cidade tinha acabado de perder a Citrosuco.

O secretário Alckmin foi bastante receptivo à causa e afirmou que enxergava dois caminhos para a viabilização do projeto em Bebedouro. Primeiro, através da liberação do crédito conforme a solicitação da Granol e, segundo (caso houvesse alguma restrição pela Secretária da Fazenda), através do programa de incentivos lançados pelo Governo do Estado.

O então subdiretor Rogério de Carlos apresentou ao secretário Alckmin o projeto da Granol e a importância do mesmo para diversificar a economia da cidade (que até hoje fica entre cana e laranja), e poderia gerar outros negócios a partir da cultura da soja. Apresentou, em seguida, o projeto do Distrito Industrial V, que ficará ao lado do projeto da Granol.

Na segunda-feira (17), os vereadores aprovaram o projeto de lei da Prefeitura que poderá viabilizar a ampliação das atividades da Granol em Bebedouro. Os executivos da empresa estiveram reunidos com os vereadores e representantes da Prefeitura na segunda semana de outubro e ratificaram suas intenções de construir uma usina de biodiesel na área de cerca de 383 mil metros quadrados, que fica entre a Granol e a área do Distrito V. Na ocasião, destacaram que o vice-prefeito Gustavo Spido tinha conhecimento e já tinha colaborado com o projeto.

Com a aprovação do projeto de lei, a Prefeitura fica autorizada a abrir uma concorrência pública, mediante licitação, para a venda da área, que está desmembrada em quatro lotes. reportagem de “O Jornal” apurou que a área que será colocada em licitação foi avaliada em R$ 10 o metro quadrado. Dessa forma, o investimento na aquisição da área ficará em torno de R$ 4 milhões para a Granol.

No projeto enviado à Câmara, foi estabelecido um prazo de 48 meses para o pagamento da área.
Graças a uma iniciativa do então Departamento de Desenvolvimento, que era dirigido pelo vice-prefeito, a cidade conta com um “Fundo de Apoio ao Desenvolvimento” e, dessa forma, os valores obtidos com a venda de terrenos será revertido integralmente para esse fundo, possibilitando recursos para a realização de infraestrutura nos distritos industriais da cidade.

Diante da predileção do prefeito em investir recursos em festas, é um alento saber que os recursos com a venda das áreas serão destinados para finalidades mais importantes ao município.

À reportagem de “O Jornal”, o vice-prefeito Gustavo Spido afirmou que está feliz com o fato da Granol sinalizar que vai adquirir uma grande área para a implantação da unidade de biodiesel em Bebedouro. “Espero que o prefeito desta vez agilize o processo licitatório, pois o da área da Brandão Veras está há seis meses esperando. É importante também definir um prazo para que a Granol instale a unidade de biodiesel”, destacou o vice-prefeito.

Investimento da Granol pode gerar 150 empregos diretos em Bebedouro

Com quase meio século de tradição, a Granol é uma empresa 100% brasileira que conta com 2.000 funcionários em cinco complexos industriais: uma fábrica de lecitina em Goiás, um terminal marítimo e outro fluvial e duas unidades de produção de biodiesel (Anápolis/GO e Cachoeiro do Sul/RS). A terceira unidade, desta vez no Estado de São Paulo, pelos movimentos da empresa. será em Bebedouro.

Com uma unidade em Bebedouro destinada à produção óleo e farelo de soja, a cidade tem amplas condições para sediar o projeto em uma área de 383 mil metros quadrados ao lado da empresa.
O Projeto Biodiesel trata da produção do combustível derivado da soja, que é adicionado ao diesel. No Brasil, a mistura do biodiesel pode ser de até 3% ao diesel.

A empresa que é uma das maiores fornecedoras de biodiesel para a Petrobrás, tem quase 300 funcionários e, segundo estimativas, pode crescer entre 100 a 150 postos de trabalho caso o Projeto biodiesel seja implantado em Bebedouro.

Um dos gerentes da empresa afirmou ao “O Jornal”, no início de 2009, que as tratativas com o município já começaram desde 2006, mas com a nova formação política em Bebedouro o momento ficou mais favorável. “Estamos pleiteando um terreno e precisamos do apoio da sociedade civil e dos órgãos oficiais. (…) A participação do município é importantíssima. Tivemos alguns contatos com o Departamento de Desenvolvimento e eles têm dado abertura muito grande para nós, mostrando a boa vontade e o interesse que têm. Acredito que no que depender da Prefeitura eles farão todo o possível para que o projeto seja realizado, explicou o gerente.

Nossa opinião
A boa notícia de que a Granol dá agora passos significativos para viabilizar o projeto em Bebedouro confirma que o “O Jornal” acertou ao lutar para que casas não fossem construídas na área destinada ao Distrito Industrial V, que fica exatamente ao lado da área que será adquirida pela Granol.

Caso a ideia do prefeito Italiano e de outras lideranças da cidade tivessem prevalecido, a cidade teria perdido a Cosan e Granol, ou seja, mais de uma centena de milhões seriam perdidos e com certeza fariam muita falta para o desenvolvimento de Bebedouro.

Neste momento, nem o prefeito, nem a ex-diretora, nem os vereadores e muito menos as lideranças que estamparam as edições de “O Jornal” por defender casas num local estratégico para a cidade vão assumir que cometeram um grande erro, mas os leitores de “O Jornal” sabem que, mais uma vez, este jornal defendeu Bebedouro e a cidade vai ganhar muito com isso.

Muito obrigado a todos que entenderam a nossa luta e agora percebem que, mesmo criticados, as circunstâncias provam que mais uma vez o “O Jornal” acertou e prestou um relevante serviço a Bebedouro.