Mais de 147 milhões de toneladas de CO₂ evitadas, programa fortalece protagonismo brasileiro na transição energética; Ubrabio destaca papel estratégico dos biocombustíveis e a importância da sustentabilidade no centro das políticas públicas.
O Brasil comemora neste 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, os cinco anos de implementação do RenovaBio — uma das mais bem-sucedidas políticas de descarbonização do planeta. Com a aposentadoria de mais de 147,6 milhões de Créditos de Descarbonização (CBios) desde 2020, o programa evitou emissões equivalentes ao plantio de um bilhão de árvores ao longo de duas décadas. Para a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), o resultado demonstra a eficácia de uma política que alia sustentabilidade, inovação e desenvolvimento. “O RenovaBio mostra que descarbonizar é mais do que necessário: é possível e economicamente viável”, afirma Donizete Tokarski, diretor superintendente da Ubrabio.
A atuação das usinas produtoras de biocombustíveis também evoluiu nesse período. Mais de 280 unidades certificadas atualizaram seus dados no programa, resultando em uma redução média de 4% na intensidade de carbono entre a primeira e a segunda certificação. A produção de combustíveis mais limpos e eficientes é um reflexo direto dos incentivos à melhoria contínua. Para Tokarski, essa dinâmica é essencial: “Estamos diante de uma política que promove o aperfeiçoamento tecnológico e estimula a competitividade responsável. É esse tipo de iniciativa que posiciona o Brasil como referência em energia renovável.”
Além dos resultados já conquistados, as projeções futuras também são promissoras. Segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), o setor energético poderá mais que dobrar sua contribuição à mitigação climática até 2042, alcançando 178,6 milhões de toneladas de CO₂ evitadas com o uso intensivo de novas tecnologias. A Ubrabio reforça que o investimento em ciência e inovação é a chave para esse salto. “Biotecnologia, agricultura de precisão e genética avançada são os motores da nova bioeconomia. Precisamos acelerar a transição energética com inteligência e sustentabilidade”, defende Donizete Tokarski.
Para a Ubrabio, o RenovaBio vai além dos resultados ambientais. Ele representa uma nova lógica de desenvolvimento sustentável, onde o Brasil não precisa escolher entre proteger o meio ambiente, gerar energia ou produzir alimentos. “O modelo é claro: com políticas públicas bem estruturadas e governança eficaz, é possível fazer tudo isso de forma integrada. E o biodiesel e têm papel central nesse futuro energético mais limpo e inclusivo”, conclui Tokarski.