O secretário-executivo da Casa Civil, Daniel Sigelmann, informou nesta terça-feira (24) que a equipe econômica do governo e outras áreas ligadas ao setor de biocombustíveis irão analisar as sugestões das indústrias de combustíveis limpos para aprimorar o Selo Combustível Social. Representantes do Sindicato da Indústria de Biodiesel e Biocombustíveis do Rio Grande do Sul (Sindibio-RS) e da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) estiveram em Brasília, em reunião mediada pelo gabinete da Senadora Ana Amélia (Progressistas-RS), para mostrar os impactos da nova portaria na cadeia produtiva e no mercado das fontes de energias renováveis. Entre as preocupações das indústrias, especialmente do Sul do país, estão a ausência de multiplicadores regionais, em relação às demais regiões do país e os percentuais elevados de aquisições mínimas da agricultura familiar.

—  É preciso corrigir essas discrepâncias que vem penalizando sobremaneira as usinas sediadas no Rio Grande do Sul e região, razão porque pleiteamos a implantação do fator multiplicador de 1,5 para a região Sul e a redução para 30% das aquisições mínimas da agricultura familiar — disse o vice-presidente do Sindibio-RS, Antonio Luiz Bianchini.

Para o coordenador Geral de Biodiesel da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SEAD), André Martins, é preciso considerar os impactos dos regramentos do Selo Combustível Social nas aquisições da agricultura familiar, que, segundo ele, estão menores em comparação a anos anteriores. As indústrias enfatizam que a cada aumento da mistura de biodiesel no diesel de petróleo, aumenta a demanda por matéria-prima da agricultura familiar. O aumento de B8 (mistura de 8% de biodiesel no diesel de petróleo) para B10 (mistura de 10% de biodiesel no diesel de petróleo) aumenta o volume de aquisições da agricultura familiar em 25%. A nova portaria ainda não tem data para ser publicada.

Também participaram da reunião o assessor especial da Casa Civil, Renato Vieira, o chefe de gabinete da SEAD, Diogo Telles, o representante da Sub-Secretaria de Agricultura Familiar da SEAD, Rodrigo Venturini, o vice-presidente do Sindibio-RS, Gildo Barnes, o assessor parlamentar da Senadora Ana Amélia (Progressistas-RS), Gustavo Bernard, e os diretores-superintendentes e executivo da Ubrabio, Donizete Tokarski e Sergio Beltrão.

Fonte: Ascom Senadora Ana Amélia