Representantes do setor de biodiesel assinaram nesta quarta-feira (05) um termo de cooperação com a BR Distribuidora para fornecimento do combustível que será utilizado nos testes para misturas B10 (10% de biodiesel e 90% de diesel), B15 e B20.

A assinatura do termo aconteceu no Ministério de Minas e Energia, que viabilizou a interlocução entres os diversos agentes envolvidos no processo, por meio da criação de um grupo de trabalho em junho do ano passado. O ministro Fernando Coelho Filho, o secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Márcio Félix, e o senador Cidinho Santos (PR/MT) acompanharam a assinatura.

“Com a assinatura do contrato para os testes das misturas de biodiesel até o B20 e com a reta final da elaboração do texto da Medida Provisória do RenovaBio nós estamos muito próximos de inaugurar um novo tempo para as energias renováveis”, destacou o ministro. Segundo Coelho Filho, o esforço que o governo vem realizando junto com o setor de biocombustíveis vai deixar como legado “anos muito melhores para a cadeia produtiva, com uma política de estado de prioridade e incentivo para uma matriz energética limpa”.

O ministro afirmou ainda que vencida esta etapa, será um exemplo de como o governo e a iniciativa privada podem trabalhar juntos para poder ajudar a incentivar a criação de empregos no País.

Os testes serão realizados em atendimento à Lei 13.263/2016, que estabelece prazos máximos para o avanço da mistura obrigatória de biodiesel no Brasil. Na manhã desta terça-feira (04), o presidente da República, Michel Temer, confirmou a entrada em vigor do B10 em 1 de março de 2018.

Desse modo, os testes para o B10 deverão ficar prontos até fevereiro de 2018. Para o diretor superintendente da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), Donizete Tokarski, esta é uma questão já superada.

“Dos cerca de 800 mil litros de biodiesel que serão fornecidos para os testes, apenas 130 mil, aproximadamente, serão usados nos testes para o B10, o que mostra que entre as montadoras e fabricantes de motores e veículos já é uma questão pacificada. Até porque outros países já utilizam o B10. Com isso, nós não temos mais impedimentos do ponto de vista da argumentação relacionados a realização dos testes para o avanço da mistura”, explica Tokarski.

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