Durante o 7° Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) estará presente com um espaço interativo com o público. Quem for ao local de apresentação poderá ver todas as 34 Unidades Embrapii em um mapa virtual, através de óculos 3D. A Embrapa Agroenergia (Brasília-DF), como uma das unidades credenciadas, terá a equipe técnica, área de atuação e infraestrutura exibida, assim como as oportunidades de desenvolvimento de tecnologia para biocombustíveis e produtos químicos de origem renovável utilizando microrganismos e enzimas. O evento será realizado nos dias 27 e 28 de junho no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

O Congresso será um local em que as empresas poderão saber mais a respeito de quais Unidades de pesquisa tem mais especialidade na área em que a empresa busca inovação. Também será explicado como é realizada a parceria com a Embrapii e a contrapartida financeira necessária por parte da empresa.

Bruno Brasil, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento e coordenador da Embrapii na Embrapa Agroenergia, afirma que uma das principais vantagens de investir em inovações tecnológicas nesta parceria é que há a divisão dos custos do projeto.

A Embrapii entra com até 1/3 do montante total do projeto. A indústria parceira precisa financiar apenas 1/3 do montante; já que a Embrapa completa os recursos restantes, que correspondem a infraestrutura e pessoal. “Essa forma de financiamento incentiva as pesquisas que envolvem inovação e pode trazer um retorno que será explorado de forma exclusiva por um determinado período de tempo” ressalta o chefe de P&D.

Ainda este ano, todo esse processo ganhou um novo parceiro. O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) assinou um contrato com a Embrapii e agora ampliou a oportunidade para investir em tecnologias para a indústria visando os microempreendedores individuais, micro, pequenas e médias empresas. No Projeto de Desenvolvimento Tecnológico, o Sebrae pode colaborar com até 70% do investimento da empresa, com máximo de R$ 210 mil.

Outra forma de investimento, explica Brasil, é através do Encadeamento Tecnológico em que uma pequena empresa vai desenvolver a tecnologia e transferir para uma empresa de grande porte aprimorar o produto. A grande empresa entra com, no mínimo, 10% do valor total do projeto, o Sebrae entra com 80% do valor em que a pequena empresa tem que investir, limitado a R$ 300 mil e a pequena empresa aporta o restante do valor. Veja abaixo como funciona.

Pesquisas

Microrganismos e enzimas fazem parte das pesquisas que a Embrapa Agroenergia está desenvolvendo dentro das ações como Unidade Embrapii. Patrícia Abdelnur, pesquisadora da Embrapa Agroenergia, ressalta que as possibilidades a partir desses agentes são enormes, graças a grande variedade e aplicações em diferentes setores. “Temos direcionado nossas pesquisas em microrganismos visando à produção de biocombustíveis, químicos renováveis, biomateriais, remediação de efluentes e agregação de valor a resíduos e subprodutos agroindustriais”. Em relação às enzimas, complementa Abdelnur, focamos em desenvolver processos para transformação de biomassa e seus derivados para uso industrial.

Os projetos desenvolvidos pela Unidade podem ser visualizados na página www.embrapa.com.br/agroenergia. Lá é possível ver algumas das áreas que podem ser desenvolvidas como projeto Embrapii e ter acesso à vitrine de tecnologias que a Embrapa Agroenergia dispõe para negociação com as empresas.