Aeronaves de caça são vorazes consumidoras de combustível. Em voo supersônico, um avião desse tipo pode queimar mais de uma tonelada de querosene a cada dois minutos. Por isso, são caros de operar, sem falar no impacto ambiental que exercem. A Saab, porém, começou a mudar isso: a fabricante realizou um voo com o Gripen abastecido com 100% de biocombustível.
“Demonstrar que o Gripen pode voar com 100% de biocombustível é um passo importante para tornar o Gripen seguro para o futuro”, diz Göran Bengtsson, diretor de pesquisas e tecnologias da Saab. “Ganhar independência de importações de petróleo é importante do ponto de vista da defesa e abre o caminho para fontes adicionais de combustível. Naturalmente também é bom se, a longo prazo, pudermos contribuir para reduzir o impacto ambiental da aviação militar”, completou.
Esta foi a primeira vez que um caça monomotor voou abastecido com 100% de biocombustível. Os testes foram realizados com um Gripen D (versão biposto) nas instalações da Saab em Linköping, na Suécia.
“A equipe de teste não observou diferenças entre o biocombustível e o combustível comum de jato, o que significa que o biocombustível pode ser usado como uma alternativa totalmente satisfatória ao combustível comum de jato no Gripen”, afirmou Bengtsson.
O combustível alternativo usado no Gripen é produzido a partir do óleo de sementes de colza, uma planta muito comum na Europa, também usada na produção de biodiesel.