A prefeitura de Campinas está estudando a criação de um programa que promova o uso de B20 (20% de biodiesel no diesel fóssil) no transporte público do município. Nesta quarta-feira (21), o consultor técnico da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), Donato Aranda, esteve em reunião com o secretário do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes, e o secretário de Saúde, Cármino Antônio de Souza.
Na semana passada, a Ubrabio apresentou a proposta so secretário Rogério Menezes [Leia aqui] e foi convidada para um diálogo com o secretário de Saúde e assessores, para abordar as vantagens do B20 para a saúde pública.
A combustão do diesel fóssil gera um conjunto de poluentes, entre eles os materiais particulados, nocivos para a saúde. No Setor de Transportes do Brasil, cerca de 96% das emissões de material particulado está associada ao diesel fóssil. Este poluente atmosférico é composto de sólidos com diâmetro reduzido, que penetram as vias respiratórias podendo causar diversos problemas. O biodiesel é uma alternativa viável para diminuir essas emissões.
De acordo com avaliação preliminar da Ubrabio, caso a região metropolitana de Campinas, que envolve ainda 19 cidades, adotasse o B20, cerca de mil mortes e 8 mil internações associadas a problemas respiratórios seriam evitadas em um horizonte de dez anos. A substituição do diesel fóssil geraria, ainda, em uma década, a economia de R$ 25 milhões aproximadamente, decorrente de gastos somente com internações públicas e privadas.
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