O Brasil hoje recolhe apenas 2% do óleo de fritura usado. 98% é lançado nos esgotos, causando entupimentos e poluindo as águas. Esse óleo que vai, literalmente, pelo ralo, pode receber um destino nobre ao ser transformado em biodiesel.
A estruturação de um programa que estimule o recolhimento do óleo de cozinha usado foi um dos temas abordados pelo diretor superintendente da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), Donizete Tokarski, durante audiência com o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, e o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Everton Frask Lucero, nesta quinta-feira (16).
A Ubrabio propôs ao MMA a elaboração de um programa de coleta de óleo residual para destinar à fabricação de biodiesel, incentivando a inclusão social e produtiva dos catadores, a exemplo do Selo Combustível Social que incentiva a aquisição de matéria-prima da agricultura familiar.
O ministro encaminhou a pauta ao secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Jair Vieira Tannus Junior, para viabilizar a implementação da proposta.
O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de biodiesel no mundo. Hoje, todo o diesel comercializado no país conta com 8% deste biocombustível, o chamado B8.
Tamanhos são os benefícios associados à sua produção e uso, que o Brasil incorporou o aumento da mistura obrigatória de biodiesel à NDC (metas e propostas para redução das emissões de gases de efeito estufa assumidas no Acordo de Paris).