Quem não sonha em minimizar os impactos humanos sobre o clima e evitar o aquecimento global? A pergunta foi tema do programa Cotidiano da Rádio Nacional de Brasília, nesta quarta-feira (8).

Para falar sobre a importância do uso dos biocombustíveis para melhorar a qualidade do ar que respiramos, a jornalista Rejane Limaverde convidou o diretor superintendente da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), Donizete Tokarski, que explicou os benefícios ambientais associados ao biodiesel.

“Raramente nós nos preocupamos com qual combustível estamos nos movendo. Hoje o Brasil é muito dependente do diesel fóssil, que, além de ser poluente, é classificado pela Organização Mundial da Saúde como causador de câncer. Então nós temos que pensar em quais combustíveis podem substituir esse diesel”, explica Tokarski.

O representante da Ubrabio destacou que o Brasil é um grande produtor de biodiesel e tem enorme oferta de matérias-primas que podem ser utilizadas em sua fabricação, reduzindo significativamente as emissões.

Tokarski também comentou a iniciativa de sustentabilidade do Comitê Olímpico que vai utilizar biodiesel misturado ao diesel fóssil no teor de 20%, o chamado B20, nos geradores durante os Jogos Olímpicos de 2016.

“[Isso] significa melhorar o ar de toda a cidade. A Ubrabio tem trabalhado para divulgar essa possibilidade, porque todas as grandes cidades do Brasil enfrentam o problema da poluição. A Ubrabio defende o uso de B20 em todos os ônibus do transporte coletivo das metrópoles brasileiras”.

Ouça a entrevista completa: 

Sobre o biodiesel
Fabricado a partir de óleos vegetais, resíduos pecuários e até óleo de fritura usado, este combustível renovável reduz a emissão dos principais causadores da poluição atmosférica: CO (monóxido de carbono), HC (hidrocarbonetos), MP (material particulado), SOx (óxidos de enxofre) e CO2 (dióxido de carbono).

Desde 2014, todo o diesel comercializado no país deve conter obrigatoriamente 7% de biodiesel (B7).

Tamanhos são os benefícios associados à produção e uso deste combustível renovável, que o governo autorizou, em março de 2016, a evolução da mistura obrigatória para 8% até março de 2017, chegando a 10% até 2019.

Também é facultada aos grandes consumidores de diesel a utilização deste combustível renovável em misturas que podem chegar a 20% e 30%.