No leilão de biodiesel realizado há uma semana, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) registrou uma queda de quase 13% no volume do produto comprado pelas distribuidoras de diesel. Foram comprados 580 milhões de litros do biodiesel para serem revendidos em janeiro e fevereiro. No leilão feito na mesma época no ano passado foram negociados 667 milhões de litros do produto. O biodiesel é misturado ao diesel na proporção de 7%, o que dá uma economia de 1,2 bilhão de litros na importação do petróleo bruto.
Um projeto de lei aprovado no Senado e aguardando definição da Câmara propõe aumentar este percentual para 8% um ano após a promulgação da lei, 9% em dois anos e 10% no terceiro ano.
A queda na compra do biodiesel reflete a baixa expectativa das distribuidoras de venderem diesel comum aos caminhões e carretas que transportam a safra brasileira, além de ônibus coletivos municipais, intermunicipais e até interestaduais que deverão rodar com uma média menor de passageiros por viagem. A indústria de produção do biodiesel está com 55% de ociosidade. Na Argentina a mistura do biodiesel no diesel já é de 9%, na Colômbia 10% e em 600 postos dos EUA a mistura já atinge 20% de óleo vegetal no combustível fóssil.