Desde março, Xangai colocou em andamento normas para o recolhimento correto do óleo usado
A cidade de Xangai, capital econômica da China, quer converter o óleo usado para cozinhar em uma solução ambiental, reciclando-o para fabricar biocombustível para veículos, indicaram meios de comunicação estatais nesta segunda-feira.
O país foi alvo de uma série de escândalos de segurança alimentar, entre eles o da recuperação para fritura do óleo usado nos restaurantes.
O governo de Xangai, em colaboração com uma universidade local e com seis empresas, prevê agora produzir biodiesel a partir de óleo utilizado para os ônibus, táxis e caminhões da cidade, segundo o jornal The China Daily.
A Universidade de Tongji, uma das mais prestigiadas da China, trabalhou neste projeto nos três últimos anos, segundo o jornal.
Em 2011, 32 pessoas foram detidas por terem vendido óleo usado nos restaurantes, chamado na China de “óleo de esgoto”, que supostamente contém elementos cancerígenos e poluentes.
Desde março, Xangai colocou em andamento normas para o recolhimento correto do óleo usado.
“Por um lado, enfatizamos a limpeza de dispositivos de recolhimento ilegal de óleo. Por outro, buscamos as melhores formas de reciclar o óleo usado”, explicou Yan Zuqiang, do Comitê de Segurança Alimentar da cidade.
Após a explosão do escândalo do óleo reutilizado para fritar, em 2010, os especialistas estimaram que os chineses consomem entre 2 e 3 milhões de toneladas ao ano de óleo usado ilegalmente.
O dado obrigou o organismo estatal de segurança alimentar a aumentar as inspeções de uma prática que, segundo os especialistas, é muito lucrativa.
A indústria alimentar chinesa é conhecida por seus problemas de falta de garantias de salubridade, apesar das severas medidas tomadas pelas autoridades.