Em Londres, o biodiesel feito a partir de óleo alimentar usado está a tornar-se uma solução muito adotada pelos taxistas. Todas as semanas, 1.100 condutores de táxis londrinos atestam o depósito com este combustível barato e sustentável.

O óleo alimentar usado na produção do biodiesel provém dos restaurantes, bares e cafés nas imediações de Southwark e Edmonton. Nestas zonas da capital britânica estão localizadas duas das principais empresas do setor: a Uptown Oil e a Pure Fuels, que têm ganho cada vez mais clientes.

Nigel Jewison, um dos diretores da Uptown Oil, considera “engraçado saber que o combustível usado no nosso carro já foi utilizado para cozinhar as nossas batatas fritas”. Independentemente de ter sido usado na fritura de batatas, de peixe, de bacon ou de salsichas, uma coisa é certa: o biodiesel apresenta muitas vantagens para quem o escolhe.

Mark Renshaw, taxista em Londres, explicou ao The Guardian quais os benefícios: “é barato, é local, é bom para o ambiente e é bom para o motor.”

Além disso, a conversão do óleo alimentar usado em biodiesel beneficia também as próprias empresas de catering, que lidam com a necessidade de se desfazerem de uma média de 50 a 90 milhões de litros de óleo por ano.

Em 2004, o Reino Unido aprovou uma lei que as obriga a descartar o óleo alimentar “de forma responsável”. Deste modo, as empresas conseguem solucionar o problema e, ao mesmo tempo, ajudar o ambiente.

Atualmente, o biodiesel já representa 3,1% dos combustíveis nos depósitos dos veículos britânicos. Destes, 1% é derivado de óleo alimentar usado.