AUTORES: Sabrina Anderson Beker (LAB-BIO/UFRGS, sabrinabeker@gmail.com), Eduardo Homem de Siqueira Cavalcanti (LACOR/INT, eduardo.cavalcanti@int.gov.br), Fátima Menezes Bento (LAB-BIO/UFRGS, fatima.bento@ufrgs.br).

RESUMO: O biodiesel apresenta em sua composição ésteres (metílicos ou etílicos) de ácido graxos, de origem vegetal ou animal, produzidos através da reação química mundialmente conhecido como transesterificação. Dentre as matérias-primas mais utilizadas para sua produção, o grão de soja tem sido destaque, sendo o mais utilizado na produção do biodiesel nacional. O armazenamento é um dos pontos críticos da sustentabilidade da cadeia do biocombustível e deve ser monitorado e avaliado para garantia do produto. O fator mais importante que contribui para sua vulnerabilidade é a sua baixa estabilidade química. Quanto aos processos oxidativos do biodiesel, estes podem ser minimizados pela adição de antioxidantes, os quais desempenham papel fundamental na prevenção da iniciação e propagação da oxidação deste produto. Além da preocupação envolvendo a estabilidade química do biodiesel, outro fator que preocupa, é o fato do biodiesel ser facilmente reconhecido como uma fonte de carbono prontamente assimilável pelos micro-organismos, o que pode produzir sob determinadas condições, além da suscetibilidade à oxidação, uma maior suscetibilidade a biodegradação. A presença de água e de micro-organismos torna-se o princípio da formação de uma massa biológica na interface combustível/água devido à presença de micro-organismos deteriogênicos que possuem a capacidade de degradar as cadeias carbônicas do biodiesel. Medidas físicas como drenagem da água e limpeza dos tanques podem ser tomadas a fim de reduzir a possibilidade de desenvolvimento de sedimentos de origem biológica durante a estocagem. Além disso, pode-se fazer uso de agentes químicos com atividade antimicrobiana (biocidas) para prevenir a presença de micro-organismos. Porém, esta medida química não é permitida legalmente no Brasil. Neste sentido, o objetivo do presente estudo foi investigar se o antioxidante utilizado no biodiesel comercial pode promover ou inibir o crescimento microbiano durante armazenamento simulado.

Trabalho apresentado no 6º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel e 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel.

Trabalho completo: Livro 2, p. 825