Ferrés destaca o papel do biodiesel como instrumento para promover a industrialização da soja no Brasil, com a consequente geração de renda e emprego 

O presidente do Conselho Superior da União Brasileira do Biodiesel e do Bioquerosene (Ubrabio), Juan Diego Ferrés, defendeu nesta terça-feira durante entrevista à agência EPBR, o papel do uso do biodiesel como instrumento para promover a industrialização da soja no Brasil, com a consequente geração de renda e emprego. “A sociedade brasileira precisa defender o biodiesel como fator de crescimento econômico, industrialização interna e geração de emprego”, ressaltou.

Juan Diego Ferrés considerou desastrosa a decisão do governo de reduzir de 13% para 10% o percentual de mistura do biodiesel no diesel fóssil. “É a negação total da política do governo para o setor, é desconstruir o que foi feito até agora”, disse o presidente da Ubrabio. Segundo Juan Diego Ferrés, o país e os produtores de biodiesel precisam de uma gestão estável e com previsibilidade. Ele citou a necessidade de adoção do marco legal dos biocombustíveis como uma ferramenta para dotar o país da previsibilidade que o setor precisa.

Para o presidente da Ubrabio, o país tem um grande desafio pela frente: definir medidas que possam incentivar o processamento da soja no Brasil. Com isto, segundo ele, agrega-se valor ao produto e aumenta o nível de industrialização interna.

Diego Ferrés sugere a adoção de políticas compensatórias para reduzir o desequilíbrio entre os preços no mercado interno e a pressão das cotações internacionais, além de reter mais soja para a industrialização interna. Estas soluções vão possibilitar uma maior oferta de farelo com preço mais barato e, em consequência, reduzir o custo da ração destinada a produção de proteínas mais baratas.

Veja a íntegra a entrevista: