Acelen Renováveis aposta na macaúba para liderar a produção global de SAF e diesel renovável, unindo tecnologia, impacto ambiental positivo e inclusão social.

A agenda da descarbonização e da sustentabilidade domina as discussões globais, sendo um tema central na COP 30, em Belém. Neste cenário, a Acelen Renováveis, uma das maiores players da transição energética do país e empresa do Fundo Mubadala Capital, avança com um projeto ambicioso e inovador: a produção em escala global de combustíveis renováveis a partir da macaúba, uma planta nativa brasileira. Lançada na COP 28, em Dubai, a empresa atua como agente ativo na transição energética mundial.

O projeto visa ser uma solução concreta para a descarbonização do setor aéreo e de transporte pesado. Considerando que a mobilidade é responsável por 23% das emissões globais, sendo a aviação responsável por cerca de 2% do total (quase 12% das emissões de mobilidade), a urgência por alternativas é clara. A meta da Acelen Renováveis é produzir 1 bilhão de litros/ano de Diesel Renovável (HVO) e Combustível Sustentável de Aviação (SAF). Estes biocombustíveis são totalmente drop in e têm o potencial de reduzir até 80% das emissões de CO₂ em comparação com os combustíveis fósseis, sem contar o sequestro de carbono do cultivo.

A aposta na macaúba se deve ao seu elevado potencial energético e à sua alta produtividade, que pode gerar de 7 a 10 vezes mais óleo por hectare plantado do que a soja. É crucial que o cultivo não compita com a produção de alimentos, sendo realizado em pastagens degradadas, o que resulta na regeneração do solo e na recuperação da biodiversidade local. A Acelen estima um sequestro de até 60 milhões de toneladas de CO₂ ao longo da vida útil do projeto.

Ciência, tecnologia e impacto social no campo

Um marco fundamental para o avanço do projeto é o Acelen Agripark, o maior Centro de Inovação Tecnológica Agroindustrial voltado para a macaúba no mundo, inaugurado em agosto de 2025 em Montes Claros, Minas Gerais. O Agripark atua como um ecossistema robusto de ciência e tecnologia voltado à bioenergia, integrando o conhecimento de parceiros renomados como Esalq/USP, Embrapa, Unicamp, e universidades internacionais como Cornell University. O centro tem a capacidade de produzir 10,5 milhões de mudas por ano e garantir a escala global do projeto.

O esforço científico já rende resultados promissores: em setembro de 2025, uma parceria com a Unimontes registrou um avanço inédito na taxa de germinação da macaúba, alcançando mais de 80%, um salto histórico comparado aos baixos índices naturais da planta (3% a 5%). Este feito simplifica a produção e reforça as perspectivas de cultivo em larga escala. Além disso, a Acelen Renováveis demonstra compromisso social por meio do programa Acelen Valoriza, destinando 20% dos 180 mil hectares cultivados a parcerias com a agricultura familiar e pequenos produtores rurais, garantindo-lhes apoio técnico e renda extra mensal. Da semente ao combustível, a Acelen Renováveis materializa o futuro energético feito no Brasil.