Em decisão histórica anunciada na quarta-feira (25), o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) confirmou o aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel fóssil para 15% (B15), a partir de 1º de agosto desse ano. O anúncio, feito com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, representa mais um passo firme na transição energética do país e na valorização dos biocombustíveis como eixo estratégico de desenvolvimento sustentável.
A decisão do CNPE não apenas reafirma o compromisso do Governo Federal com a descarbonização da matriz de transportes, como também atende à articulação técnica e política liderada por entidades representativas do setor. A União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), ao lado da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) e de entidades do setor, tiveram atuação decisiva na construção de consensos que viabilizaram o avanço para o B15, dentro dos parâmetros de previsibilidade e segurança jurídica defendidos pelo setor.
Essa meta se torna um compromisso oficial do governo, respaldado pela Lei do Combustível do Futuro. A medida garante estabilidade regulatória e reforça a confiança de produtores e investidores na política nacional de biocombustíveis, além de abrir novas oportunidades para a agroindústria, especialmente nos segmentos de óleos vegetais e coprodutos.
Para a Ubrabio, o avanço é resultado de um esforço coletivo baseado no diálogo institucional, na produção de conhecimento técnico e na articulação política transparente. “A presença do presidente Lula nesse anúncio simboliza o reconhecimento da importância do biodiesel como vetor de sustentabilidade, geração de empregos e fortalecimento do agronegócio. O B15 é um ganho para o Brasil que olha para o futuro com responsabilidade climática e inclusão produtiva”, destaca o diretor superintendente da entidade, Donizete Tokarski.
Com essa decisão, o Brasil reafirma sua liderança global no uso de biocombustíveis e dá um passo consistente para o cumprimento de suas metas climáticas, com ganhos diretos em saúde pública, redução de emissões e dinamização da economia verde. O setor produtivo segue mobilizado para garantir a oferta, a qualidade e a rastreabilidade do biodiesel, colaborando para uma transição energética justa e estruturada.