O presidente da União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Diego Ferrés, propôs a criação de uma plataforma tecnológica para o controle da qualidade do biodiesel em toda a cadeia de produção do combustível, do produtor aos postos de abastecimentos. A proposta foi feita nesta quarta-feira (28) durante participação de Ferrés no Seminário Nacional de Biocombustíveis e Qualidade de produtos promovido de forma virtual pela Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP).
“Estamos oferecendo esta solução para que, juntos com distribuidores e postos de combustíveis, possamos ter um maior controle na qualidade do biodiesel em toda a cadeia deste segmento”, argumentou.
Segundo o empresário, esta plataforma tecnológica seria gerida pela ANP com a participação de laboratórios credenciados junto ao INMETRO para monitorar a qualidade de toda a cadeia, o que inclui o diesel A. O sistema de controle de qualidade também envolveria os produtores, os transportadores, os distribuidores e a armazenagem nos postos de abastecimento.
A proposta de plataforma tecnológica de controle da qualidade do biodiesel já foi feita pela Ubrabio há alguns anos, mas nunca implantada. Agora, com a proposta de criação do PMQBIO pela ANP, Diego Ferrés reafirma a necessidade de o País adotar este tipo de monitoramento para garantir a qualidade do biodiesel. O industrial ressaltou que há muitas inverdades e informações ultrapassadas a respeito do biodiesel, que podem comprometer as metas as metas quer o Brasil se comprometeu de limitar as emissões de gases que provocam efeito estufa.
“O biodiesel é uma aposta estratégica no futuro do país. Analisar o setor olhando para trás é não temer a destruição do Planeta, e nós já temos uma noção da catástrofe que pode se abater sobre a humanidade se não adotarmos medidas para minimizar a descarbonização”, ponderou.
Ferrés também lembrou na sua participação no seminário que o biodiesel oferece externalidades positivas na sua utilização, evitando a emissão de gases de efeito estufa que atende os anseios mundiais de descarbonização da matriz econômica. Com a redução das emissões de gases do efeito estufa, aumenta a oferta de farelo de soja para a alimentação animal e produção de proteína com consequências na redução do preço dos produtos da cesta básica.
O presidente da Ubarabio ressaltou que a produção de biodiesel tem um reflexo positivo também na saúde das pessoas, já que o combustível não tem enxofre, um dos produtos mais poluentes e mortais jogados na atmosfera com a utilização do diesel fóssil e principalmente do S 500 que é o diesel sem mistura. Além disso, o biodiesel reduz sensivelmente as emissões de material particulado, conforme demonstrou estudo recente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).