Responsável por 2% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), o setor de aviação busca soluções para se descarbonizar e cumprir os acordos firmados internacionalmente para conter o aumento da temperatura do planeta. Empresas de aviação de 192 países – incluindo as que atuam no Brasil – se comprometeram a neutralizar o crescimento das emissões de carbono a partir de 2020, numa iniciativa coordenada pela Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO, sigla em inglês).

“A forma mais efetiva de neutralizar e reduzir essas emissões é o uso de biocombustível”, avalia o diretor de Biocombustíveis de Aviação da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Pedro Scorza. Mas, para que isso ocorra, essa cadeia de valor precisa ser desenvolvida e o Brasil pode ser um protagonista neste sentido.

As ações estratégicas prioritárias que serão coordenadas e empreendidas, nos próximos 12 meses, pela Ubrabio em parceria com diversas entidades interessadas e envolvidas no programa de desenvolvimento da indústria de bioquerosene no Brasil foram listadas em um documento construído e aprovado no final de agosto, durante o “Seminário de Desenvolvimento Sustentável e Descarbonização: oportunidades de negócios e investimentos na cadeia de valor do Bioquerosene”. O evento reuniu, na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), governo, iniciativa privada, pesquisadores e sociedade para apresentar e discutir as iniciativas brasileiras para estruturação dessa nova cadeia de valor.

Fortalecer o trabalho em rede e as organizações de representação desse setor; propor e aprovar um marco regulatório para o bioquerosene e hidrocarbonetos renováveis; articular recursos para o desenvolvimento de pesquisa e inovação; e apoiar o Programa RenovaBio e a Plataforma para o Biofuturo são algumas das estratégias listadas na Carta de Belo Horizonte, que devem ser empreendidas ao longo do próximo ano.

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