AUTORES: Fábio de Farias Neves (DEP/UDESC, fabio.neves@udesc.br), Thaís Agda Rodrigues da Cruz Primo (DEP/UDESC, thais.agda@hotmail.com), Everton Skoronski (DEAS/UDESC, everton.skoronski@udesc.br), Rosana de Cássia de Souza Schneider (DQF/UNISC, rosana@unisc.br)

RESUMO: Microalgas são microrganismos fotossintetizantes autotróficos, responsáveis por mais de 50% da produção primária. Essas vêm sendo alvo de interesse biotecnológico, destacando-se por sua alta produtividade além de poderem ser cultivadas em efluentes agrícolas, domésticos e industriais. Os efluentes, quando não tratados de forma correta, podem ocasionar problemas ambientais como, por exemplo, a eutrofização de ecossistemas aquáticos. As microalgas possuem capacidade de remoção de nutrientes orgânicos e, principalmente, inorgânicos presentes em efluentes, como nitrogênio e fósforo. A indústria de pescado caracteriza-se por gerar quantidades elevadas de efluentes com altas concentrações de matéria orgânica (ARIM & PRYZBYLSKI, 2011). Após os tratamentos primário e secundário, apesar de diminuir a carga de matéria orgânica, é comum a presença de nutrientes inorgânicos em abundância. Tais nutrientes tem potencial para serem aproveitados no cultivo de microalgas e, além de melhorar a qualidade da água a ser despejada, produzir biomassa com potencial para produção de biocombustíveis como biodiesel a partir da fração lipídica. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar o uso do efluente final de uma indústria de evisceração de pescado, situada em Laguna/SC, como meio de cultura para cultivar a microalga Parachlorella kessleri e seu efeito sobre os parâmetros de crescimento e teor de lipídios na biomassa.

Trabalho Apresentado no 6° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel e 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel.

Trabalho completo: Livro 1, p. 51