Tema de grande relevância e interesse para a sociedade e bastante debatido por cientistas, entidades públicas e privadas, empresários e investidores o processo de mudanças climáticas será pauta do 1º Seminário Internacional sobre Resiliência Climática e Descarbonização da Economia no dia 14 de setembro, em Brasília, organizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Instituto CNA.

O seminário é uma iniciativa que contribui para fortalecer as metas estipuladas no Acordo de Paris, primeiro marco do regime internacional do clima, aprovado durante a Conferência do Clima (COP-21) por 195 países, em dezembro de 2015. O marco prevê debates que proporcionem o desenvolvimento tecnológico e ações de mitigação, adaptação e financiamento, necessários à conservação dos recursos naturais e ao crescimento econômico.

Representante do setor agropecuário brasileiro, o Sistema CNA/SENAR já desenvolve ações inerentes ao processo das mudanças climáticas, por meio de parcerias e da realização de modelo inovador de assistência técnica e gerencial nas propriedades rurais, proporcionado ganhos ambientais, produtivos, econômicos e sociais.

De acordo com o secretário executivo do SENAR, Daniel Carrara, as entidades que formam o Sistema CNA/SENAR/ICNA estão empenhadas em promover o desenvolvimento econômico e social agropecuário. “Nós já desenvolvemos programas de agricultura de baixa emissão de carbono, caso do ABC Cerrado e do PRADAM, nossa primeira parceria com a FAO. Os dois estimulam práticas, como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, Recuperação de Áreas degradadas e Plantio Direto. Com o seminário, queremos traçar um caminho sobre a questão da resiliência climática e, partir dele, promover ações internas voltadas ao desenvolvimento do setor agropecuário e das pessoas do meio rural”, declara.

O encontro vai reunir representantes da iniciativa privada, pública, do terceiro setor, organismos não governamentais, agências de cooperação, nacionais e internacionais, além de produtores rurais e especialistas de entidades brasileiras e internacionais, para demonstrar oportunidades de engajamento do setor privado no processo das mudanças climáticas. O Seminário também vai abordar inciativas para incentivar soluções e parcerias para conservação dos recursos naturais e produção sustentável. Está dividido em três painéis: 1 – Mudanças climáticas globais – Os próximos passos, pós Acordo de Paris; 2 – SENAR: Assistência Técnica e Gerencial; 3 – Serviço Ambiental e Oportunidades.

“O 1º Seminário Internacional sobre Resiliência Climática e Descarbonização da Economia oportuniza o debate do assunto no momento em que a sociedade amplia sua consciência e reflete sobre ações sustentáveis para segurar o aquecimento do planeta”, afirma Fernanda Leite, assessora técnica do Departamento de Inovação e Conhecimento do SENAR, ao destacar a participação de palestrantes reconhecidos, nacional e internacionalmente, pelas suas iniciativas, pesquisas e dedicação ao processo das mudanças climáticas. São eles:

– Eduardo José Viola, pesquisador 1B do CNPq e membro de vários comitês científicos nacionais e internacionais. Doutor em Ciência Política, pela USP, possui Pós-doutorado em economia política internacional, pela Universidade de Colorado e é professor Titular da Universidade de Brasília – UnB;

– Walter Wergara, especialista em florestas e clima focada na Iniciativa Global de Restauração na América Latina. Senior Fellow do World Resources Institute (WRI). É coordenador da Iniciativa 20×20, um esforço liderado pelos países para recuperar e restaurar 20 milhões de hectares de terra na América Latina e no Caribe, até 2020. Tem escrito extensivamente sobre questões climáticas na região, incluindo 14 livros e vários artigos em revistas e jornais.

– Braz da Costa Baracuhy Neto, diplomata e especialista em geopolítica. Conselheiro, Chefe da Divisão de Agricultura do Itamaraty, e representa o Ministério das Relações Exteriores (MRE);

– Rodrigo Lima, advogado com expertise em comércio internacional e grande experiência em negociações internacionais relacionadas a comércio, meio ambiente e desenvolvimento sustentável no setor agropecuário e de energias renováveis. Especialista do Agroicone;

– Daniel Klüppel Carrara, Secretário Executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Engenheiro agrônomo, formado pela Universidade Federal de Viçosa, com pós-graduação em Administração Rural.

– Matheus Ferreira Pinto da Silva, coordenador Nacional da Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Graduado em Zootecnia, pela Universidade Federal de Viçosa-MG, com pós-graduação em Gestão do Agronegócio.

– Humberto Miranda Oliveira, Vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB) e Superintendente Adjunto do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/BA). Médico Veterinário, formado pela Universidade Federal da Bahia.

Donizete Tokarski, Sócio-Diretor da Linker Consultores; Presidente do Conselho da Agência Brasileira de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação – ECODATA. Diretor Superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene – UBRABIO. Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Goiás – UFG, com especialização pela FAO de Madrid/Espanha.

– Eduardo Delgado Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária. Membro do comitê científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. Graduado em Engenharia Agrícola, pela Universidade Federal de Viçosa e Doutor em Hidrologia e Matemática em Montpellier, França

– Marco Antônio Fujihara, diretor da Way Carbon, Instituto Totum e Keyassociados, com foco específico em Carbon Finance e Sustentabilidade Empresarial. Bacharel em Engenharia Agronômica e cursos de extensão universitária em Economia, Negócios, Política e Estratégia em Climate Change, realizado na Harvard University. Atualmente é representante do setor privado no CIF do Banco Mundial (Climate Investment Fund).

– Ivone Satsuki Namikawa, consultora Interna de Sustentabilidade Florestal na Klabin SA – maior produtora e exportadora de papéis do Brasil. Graduada em Engenharia Florestal, pela ESALQ – USP, com mestrado em Ciências Florestais, pela UFPR e MBA em Gestão Empresarial, pela FGV.

– Justine Leigh-Bell, gerente de Padrões e Sistema de Certificação, passou boa parte de sua carreira ajudando os líderes empresariais e os governos a encontrar soluções para os desafios globais das alterações climáticas e desenvolvimento sustentável. Atualmente dirige o programa de Normas na Initiative Climate Bonds.

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