Simpósio Nacional

Embrapa promove Simpósio sobre biocombustíveis de aviação

(Brasília, 23 de agosto de 2012) Nos dias 13 (à tarde) e 14 de setembro, em Brasília/DF, a Embrapa Agroenergia promove o Simpósio Nacional de Biocombustíveis de Aviação. O objetivo é discutir o estágio atual e as necessidades de avanços nas pesquisas para a introdução desse produto renovável na matriz energética brasileira. A iniciativa conta com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Desde 2010, companhias aéreas brasileiras têm noticiado a realização de voos experimentais com combustíveis produzidos a partir de fontes renováveis. O primeiro foi da Tam que, em novembro daquele ano, saiu do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio Janeiro e voou durante 45 minutos sobre o oceano utilizando bioquerosene produzido a partir de pinhão-manso. Na sequencia, Gol e Azul repetiram o feito, esta última viajando de Campinas até a capital carioca com combustível feito a partir de cana-de-açúcar.

Fora do Brasil, diversas empresas aéreas, como a Virgin Atlantic, Continental, Japan Airlines, New Zealand Airlines e Royal KLM Ductch Airlines também realizaram voos experimentais. A companhia alemã Lufthansa, entretanto, foi mais longe e adicionou de 50% de bioquerosene feito com óleo de pinhão-manso ao combustível de origem fóssil em seus voos regulares entre Berlim e Frankfurt, durante seis meses. Depois de operar mais de mil voos com a mistura, interrompeu a iniciativa por falta do produto renovável no mercado.

No Simpósio da Embrapa Agroenergia, os desafios e oportunidades para o desenvolvimento do setor de biocombustíveis para aviação serão debatidos a partir de palestras ministradas por representantes de órgãos do governo (Anac, BNDES, MAPA, Ministério das Minas e Energia), empresas (Amyris, Boeing, Embraer, Curcas Brasil, Lanzatec, Solazyme, UOP) e institutos de pesquisa (IPT, ITA, Embrapa). Além das perspectivas para introdução do produto renovável no mercado, as palestras abordarão , matérias-primas e rotas tecnológicas para a produção do bioquerosene, certificação aeronáutica, apoio financeiro aos investimentos e aspectos relacionados à sustentabilidade da utilização desse novo biocombustível.

Babaçu

O chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agroenergia, Guy de Capdeville, destaca que uma das matérias-primas que o centro de pesquisa já começou a estudar e se mostra promissora para a produção de bioquerosene é o babaçu. Capdeville explica que óleo dessa palmácea é composto por ácidos graxos com cadeias de 10 a 13 Carbonos, ideais para esse produto.  “Nós estamos nos integrando a outros centros de pesquisa nacionais e internacionais para o desenvolvimento de tecnologias de produção, além de definição e desenvolvimento de padrões de qualidade para biocombustíveis de aviação”. Ele explica que isso precisa ser feito de maneira rápida e com foco na viabilidade econômica do produto, para atender às necessidades do setor.

A programação e o formulário de inscrição no Simpósio Nacional de Biocombustíveis de Aviação estão disponíveis em http://www.embrapa.br/cnpae.  A taxa para participação é de R$ 200,00, com desconto de 50% para estudantes. Inscrições no local serão aceitas apenas mediante pagamento em dinheiro ou cheque e estarão sujeitas à disponibilidade de vagas. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone 61 – 3448-1581 ou pelo email sac.cnpae@embrapa.br.

Conferência sobre Biocombustíveis Sustentáveis de Aviação no Brasil

O Simpósio faz parte da Conferência sobre Biocombustíveis Sustentáveis de Aviação no Brasil, que acontece em Brasília, de 11 a 14 de setembro, na Embrapa. Com objetivo de discutir os aspectos regulatórios e incentivos para o setor, a Conferência é promovida por uma parceria entre Boeing, Embraer, Fapesp e Embrapa.

Além do Simpósio da Embrapa Agroenergia, ela abriga o quinto Workshop do Projeto Roadmap em Biocombustíveis Sustentáveis para a Aviação no Brasil. O projeto é executado por uma parceria entre a Boeing, a Embraer e a Fapesp, com o objetivo de avaliar as alternativas de matérias-primas e tecnologias, bem como identificar as barreiras a superar para a produção dessa energia de fonte renovável no País. Mais informações sobre essa iniciativa de pesquisa estão disponíveis em: www.nipeunicamp.org.br.