A afirmação foi feita pela diretora-geral da ANP ontem, em sessão no Senado.

Em sessão da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), realizada na manhã de ontem (8) no Senado Federal, estiveram presentes o presidente do Conselho Superior da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene – Ubrabio, Juan Diego Ferrés, o presidente Odacir Klein, o vice-presidente financeiro Irineu Boff, o superintendente Donizete Tokarski e, representando as empresas associadas à entidade, Marcos Boff, diretor da Oleoplan S.A. A reunião teve o objetivo de submeter à apreciação do Senado a recondução de Magda Maria de Regina Chambriard ao cargo de diretora da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). Em plenária realizada à tarde, Magda teve a recondução ao cargo aprovada.

No Brasil, desde 2010, a mistura vigente de biodiesel ao diesel fóssil é de 5%(B5), mas as indústrias, com capacidade instalada ociosa, reivindicam o aumento para B7 a partir de 2013. Ao abordar a questão dos biocombustíveis, Magda afirmou que não há problemas técnicos para o aumento da mistura de biodiesel adicionado ao diesel fóssil. “Tecnicamente, a ANP não vê nenhum empecilho”, pontuou. “O custo do aumento é muito pequeno. Eu diria até que fica diluído pela própria concorrência”, explicou Magda ao responder o questionamento de senadores sobre a alteração no preço do combustível com o aumento da mistura.

Para Ferrés, os argumentos de Magda demonstram a necessidade de definição do novo Marco Regulatório do biodiesel. “O setor tem condições de atender ao aumento imediato da mistura. A definição do novo Marco é fundamental para o desenvolvimento do PNPB (Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel) e para colocar o Brasil no ranking dos países mais sustentáveis do mundo”, afirmou o presidente da Ubrabio.